Anais do III Seminário Nordestino PEC Nordeste 1999. Fortaleza - CE 23 a 25 de junho de 1999
Resumo
Excelentíssimo senhor Pedro Sisnando Leite, representando nesta solenidade, o senhor Governador Tasso Jereissati, permita-me que em seu nome eu saúde também a Dra. Mônica Clark e o Dr. Carlos Matos, que compõem o eficiente secretariado do nosso Governo, e que nos honram com suas presenças neste evento; Dr. Ruy de Araújo Caldas, diretor do CNPq, nosso primeiro palestrante do seminário, o que contribuiu de forma significativa para que fosse possível este evento; meu caro Francisco Régis Cavalcante, superintendente do Sebrae; meu caro Wilson de Pinho, primeiro vice-presidente da federação, representando todos os sindicatos do Interior, na qualidade de presidente do sindicato de Madalena; meu caro Paulo Helder, que representa as comissões setoriais, todas as associações setorial que participam efetivamente deste evento, e que foram realmente organizadores de toda a programação que assistiremos; meu · prezado superintendente do Banco do Brasil, recentemente chegado a esta terra, cuja eficiência nós esperamos possa superar a do "Robertão", que deixou imensas saudades entre nós; Dra. Nádia Homero, superintendente da Receita Federal, que abrilhanta com sua presença este Evento; Dr. Francisco de Assis Bessa, Delegado Federal da Agricultura , representando o senhor Ministro Francisco Turra, cuja competência pude constatar no convívio em uma semana, numa viagem pelo Canadá, chefiando o senhor Ministro, uma delegação, podendo demonstrar a sua competência nas negociações bilaterais feitas com aquele País, que resultou numa imediata venda de 100 milhões de reais em frangos, ao longo de 6 meses, resultado palpável no início e que é muito agradável para os avicultores aqui presentes; meu caro Coronel Lívio França, amigo de longas datas e presidente da mais antiga das entidades classistas do nosso Estado; meu caro Leônidas, que representa nesta mesa, o nosso Presidente Antonio Ernesto Di Salvo, que é o maior dos nossos incentivadores, e que aqui não está presente porque participa nesta semana, no Canadá, de uma das reuniões da federação internacional de produtores agropecuários naquele País. A arenga de hoje, por força da viagem a que já me referi, foi redigida nas caladas da noite, porquanto não me deixaram tempo, no dia de ontem, para fazer isso no expediente normal. Assim, perdoem-me alguma vacilação que pode ocorrer até por conta da maneira desarrumada como estão as palavras aqui escritas.
Mesmo sendo este o Ill PECNORDESTE, não conseguiremos ainda fazer a sua abertura sem apelar, talvez por atavismo crônico às tradições que deram origem às atividades pecuárias no Nordeste semi-árido . Louvar-nos-emos para tanto, certamente sem o brilho do autor, em Frederico Pernambucano de Melo, no seu livro "O que foi a Guerra Total de Canudos", tentaremos, sem a citação literal, ficar o mais próximo do original. A afirmação de que a atividade econômica nos bangüês, e nos engenhos de cana-de-açúcar do litoral, inoculou o sentido coletivo do trabalho, enquanto a expansão colonizadora, que empurrou o homem para além das léguas agricultáveis do Massapê, projetando-o no universo cinzento da caatinga, fez surgir um novo tipo de cultura, cujos traços mais salientes podem ser resumidos na predominância do individual sobre o coletivo. Ofer ecer condições para melhoria crescente, na qualidade dos produtos, para o alcance de mercados mais exigentes e sofisticados; Criar condições de acesso a financiamentos com encargos e prazos compatíveis com as explorações, para que possam ser realizados os investimentos necessário ao crescimento sustentável do segmento; Desenvolver mecanismos de promoção comercial e adotar parcerias para abertura de canais de comercialização para o atingimento de novos mercados; Expandir a oferta de empregos diretos, permanentes e de melhor qualidade para a produção rural; Ampliar e diversificar a produção para o abastecimento interno e para exportação.
Todos esses objetivos têm como síntese conferir competitividade às explorações de médio porte, para que sejam inseridas nos mercados, participando de forma ativa da formação da riqueza nacional, espraiando no seu entorno, emprego e melhores condições sociais para a população direta e indiretamente ligada às atividades desenvolvidas .
Temos consciência de que estamos fazendo a nossa parte. Reconhecemos ser extremamente árdua a tarefa de superar todo o individualismo incrustado em nossas mentes, de que tratam com tanta percuciência os autores citados no início de nossa fala. Pacificar o campo, onde reina impune e cada vez mais agressiva, e irresponsavelmente, o MST, que agora se volta para as cidades, na tentativa de intimidar a sociedade, de acuar o Governo, na vã ilusão de, pela luta armada, alcançar o poder . Solucionar o enorme contencioso gerado pelo descasamento da renda agrícola com os encargos financeiros, a partir do plano real. São condições indispensáveis para o sucesso de qualquer programa que venha a ser incetado. A agricultura brasileira merece que isso seja feito; afinal, foi ela que propiciou que o país, em tempo recorde, saísse da crise de ataque a sua moeda, que culminou com a mudança do regime cambial.
Por outro lado, a nação não aceita assistir impavidamente as agressões mútuas entre os líderes maiores da República e dos Poderes da República, esquecidos do respeito que o povo e a sociedade merecem.
Senhor presidente, apelamos a vossa excelência para que não confunda espírito conciliador com tibieza, e que passe a exercer o quanto antes, a autoridade e a energia que a Nação espera ansiosamente do seu líder maior .
Agora, restam-nos os agradecimentos. Em primeiro lugar aos nossos patrocinadores : o Governo do Estado do Ceará, que através da Secretaria de Desenvolvimento Rural nunca nos faltou com seu apoio; ao Banco do Nordeste e ao Banco do Brasil, que sempre aceitaram nossas críticas, às vezes acerbas, pela convicção que tenho de sua enorme contribuição para o desenvolvimento da agropecuária brasileira; ao CNPq, responsável maior pelo desenvolvimento tecnológico e científico do país, pela sensibilidade demonstrada.
Perdoem-nos o destaque especial que temos que conferir ao SEBRAE, parceiro de todos os Eventos, colaborador incansável, incentivador permanente, cujas ações muitas vezes se confundem com as nossas, pela identidade de propósitos e pela interação dos objetivos.
Ao meu amigo Lima Matos, que soube sensibilizar o mundo acadêmico e científico e incutir em todos nós a necessidade de ultrapassarmos barreiras e darmos saltos, o que só pode ser conseguido através da biotecnologia, ciência que abre aos homens horizontes
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